21.7.08

trabalhar em sentido estrito, o sistema social inglês

Não me perguntem porquê, mas um certo dia, em Inglaterra, fui com a minha família a um pic-nic de budistas num parque lindíssimo de Bath. O pic-nic correu muito bem e nada estranhei, soube apenas depois que todos eles tinham utilizado ao máximo a sua força mental (ao que percebi uma das bases do budismo) para que naquele dia não chovesse, e conseguiram, porque tudo o que se quer com muita força consegue-se. Quando digo que era gente normalíssima minto, porque daquela gente toda poucos eram os que trabalhavam. Em sentido estrito, diziam eles. Uns podiam fazer umas pulseiras, outros umas horas de baby-sitting, nada mais que isso. Porque em Inglaterra é fácil viver de subsídios: porque se tem filhos, porque se é mãe solteira, porque se tem uma qualquer doença por pouco incapacitante que seja. A Inglaterra tem problemas graves com o alcoolismo, e um alcoólico é um doente (certíssimo), então como doente crónico pode ter casa paga, uma boa maquia ao fim do mês que se transforma em mais dinheiro para o pub, mas são quase inexistentes as terapias ocupacionais, os programas de reeducação, pouco mais existe do que sessões AA. Os ingleses são ricos e distribuir dinheiro é fácil...

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