11.4.08

A blasfema que há em mim


Nem sempre vou à missa, cada vez menos, mas quando vou à missa comungo, para mim faz sentido. Um dia um padre jesuíta disse-me que deve comungar quem mais precisa, talvez por isso...
A Igreja Católica, por considerar que o casamento é um sacramento e por isso indissolúvel, veta aos divorciados que voltem a casar o sacramento da comunhão. Diz D. António Marto, bispo de Leiria*, “Temos de acolher estes homens e mulheres, que trazem dentro de si estas feridas, aproximando-nos com uma solicitude de mãe, de misericórdia. Mas, se deve haver uma atitude de acolhimento e de integração, não se pode passar por cima da verdade das situações. Por isso participam em várias actividades mas não se devem abeirar da sagrada comunhão”.
A blasfema que há em mim responde-lhe, não seria o senhor, D. António Marto, ou qualquer outro homem à face da terra, que mo havia de proibir, estivesse eu nessa situação. A Deus o que é de Deus.

*Na revista Visão desta semana

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