Porque sou pelo sim (III)
Viajando na blogosfera chego à Fernanda Câncio, que não conheço, e como não encontro caixa de comentários, deixo-lhe aqui o recado que possivelmente não vai ler: quando eu votar sim, e vou votar sim em Fevereiro, vou também votar para que tenha o direito de decidir do seu corpo, que a lei vai ser igual para todas as mulheres, lavadeiras ou jornalistas. Mas para mim é bem claro que não é por si que eu sou pelo sim, a si não a condeno nem a compreendo. E o direito à não compreensão é um direito que também me assiste.
Não voto sim por pena, mas por um sentimento muito mais elevado, por humanidade, pela esperança de que cada vez mais mulheres tenham direito á educação incluindo a educação sexual, ao poder de decisão, a terem filhos quando os desejam.
E faço minhas as palavras do Tomás Vasques, que não conheço, sei lá se é de esquerda ou de direita, quando diz:
A questão de fundo, da qual decorrem todas as outras, é a seguinte: eu não estou preocupado com as mulheres formadas, informadas e com dinheiro que reclamam o direito à disposição do seu corpo, incluindo a IVG. Este é um outro nível de direitos, um outro nível de discussão.
O resto, as guerrinhas e as politiquices, onde é que você estava no 25 de Abril, não me interessa nem um pouco e deixem-se disso se querem um sim vitorioso.
ps mas olhe sr Tomás Vasques aquele seu cartoon foi bem infeliz e quem não quer parecer lobo não lhe veste a pele.
1 comment:
É verdade. Foi infeliz numa certa óptica.Teve uma intenção, mas descarrilou. Encaro a ilustração como uma "nuance" mal conseguida.
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