21.7.09

Da necessidade da indignação


Coisa pouca alimenta o coro dos indignados, passados os exames nacionais basta uma pequena notícia e ala que se faz tarde. Á hora a que escrevo já lá vão quase 300 sábios comentários no Público on-line. Esquecem-se estes mortais que há mais, mas muito mais, coisas entre o céu e a terra... e que importa? o importante é podermos verter o nosso fel e clamar de facilitismo. Facilitismo e incompetência, pois então, do regime, dos pais, dos professores, dos psicólogos e por aí fora, que é o que é bom e deixa as consciências mais sossegadas. Fui professora durante alguns anos e deixei de o ser há 14 anos, mas ao que dou conta as coisas não mudaram muito. Vi alguns casos, poucos, e indignei-me, de miúdos que transitarem “por comodismo”, basicamente para não lhes aturarem os pais que iriam recorrer, o que com o Verão e as férias a chegarem, não dá jeito nenhum, outros a chumbarem muito bem e outros a passarem de ano apesar de terem mais negativas do que as permitidas. Casos longamente ponderados, um a um, por se considerar que a retenção não faria nada pelo aluno. Sabem lá os senhores, os dramas que se escondem em cada escola. A escola tem a obrigação de, em conjunto com os pais (quando estes existem e cooperam e caso contrário a criança não pode ser por isso penalizada), encontrar uma solução de vida para cada aluno do ensino básico.
Ou invejam a vida do aluno, malandro, que apesar de ter 9 negativas passou de ano?
aqui contei as circunstâncias que me levaram a subir a nota a uma aluna que deveria chumbar. E não me arrependi.


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