4.2.09

Nadal



Madame B. era uma figura... metro e meio de gente, nada e criada em Paris respirava o chic por todos os poros. Aos 85 anos era para ela impensável sair de casa sem a maquilhagem irrepreensível e conduzia um twingo pelo trânsito caótico de Paris como quem anda de bicicleta na pradaria. Habitava um prédio num dos arrondisements centrais com o elevador mais minúsculo que alguma vez vi, duas pessoas apertadas desde que nenhuma fosse muito volumosa. Num parisiense domingo de Inverno, depois do tradicional almoço de família pergunta-me ela “Isabel, gosta de ténis?”, perante a minha cara de nem sim nem não continua “a mim empolga-me, se pudesse ainda ia aprender e não perco um match na televisão”.

No último domingo, e pela primeira vez, também eu me empolguei: Nadal.

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