4.2.09

mas haverá outra forma de nascer na Bielorrússia?


Já por aqui referi este assunto várias vezes, faz parte das minhas lutazinhas de estimação. O número de cesarianas reflecte normalmente o atraso de uma país, embora sejam as classes mais favorecidas quem mais recorre a este tipo de parto.

Duas pequenas contribuições:

quando nasceu o meu filho mais novo calhou-me partilhar o quarto com uma muito jovem mãe da Bielorrússia. Falava ela muito mal o português, sobretudo percebia mal o que se lhe dizia, mas de passarmos os dias cama contra cama a certa altura já eu funcionava como tradutora. Antes da “alta” era tradição o director da maternidade vir visitar as puérperas. Pergunta à rapariga, foi o primeiro parto? – que não, tinha uma menina nascida na Bielorrússia, mas de cesariana. O Director entre dentes para o séquito de internos – mas haverá outra forma de nascer na Bielorrússia?

no ano seguinte, chegou a hora de uma amiga brasileira, nordestina, mas a residir em Portugal. Parto normal. Confessou-me depois ela o seu espanto - eu nem sabia que havia parto normal, no Brasil isso é coisa de gente pobre, a minha família ficou chocada, minhas cunhadas vão para a clínica fazer cesariana.

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