O Nobel
O Paulo Alves Guerra, esta manhã, viu-se em papos de aranha com o António Lobo Antunes. Só ouvi parte da entrevista, mas foi a sensação com que fiquei. O Lobo Antunes é insuportável, incongruente, justifica a máxima de que todos os psiquiatras (pior ainda se ex-psiquiatras) são malucos, eu se fora psiquiatra internava-o imediatamente. Por outro lado, disse coisas com sentido quando falou do peso do Nobel, pode soar a despeito de quem nunca o conseguiu mas, interroga-se ele, porquê o Nobel, há outros prémios tão ou mais importantes do que esse, concordo, e a cada ano cada vez mais. E disse mais, eu não preciso de prémios, preciso de tempo para escrever, compreendo-o, o ganhador do Nobel da literatura, julgo eu, a partir desse momento deve ter que comportar-se como a Miss Portugal, ou a Miss Universo, durante um período mais ou menos longo será apenas o Nobel pavoneando-se pelo mundo, a servir de atracção dos melhores eventos, a mulher barbada do circo. Depois ainda um disparate, e esse é mesmo despeito, não estamos no sec XIX quando coexistiam dezenas (? cito de cor, terá dito centenas?) de génios literários, hoje contam-se pelos dedos de uma mão com poucos dedos. Parece tolo, não parece? Parece despeito, do sec XIX posso falar, esses mortos e enterrados já não me fazem sombra.
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