13.3.08

Mário de Carvalho

No fim-de-semana li na Visão uma entrevista a Mário de Carvalho e gostei de quase tudo o que li. Revi-me na afirmação da importância que partidos como o partido comunista continuam a ter para uma sociedade que se quer mais justa (concordo com ele, sobretudo por serem oposição, Deus nos livre – digo eu -de os ter como governo). Hoje ouvi o Mário de Carvalho na Antena 2, de um pessimismo descabido, pessimismo em relação ao futuro, leia-se. Dizia ele, caminhamos para um país inviável; dava como exemplo as aberrações urbanísticas e arquitectónicas – ora, em Portugal nunca houve décadas tão más como as de 70 e 80, basta ver os mamarrachos que ainda pululam por aí (em Coimbra tudo o que é muito mau é dessa época); dava como exemplo a desconfiança no sistema judicial, pergunto-me se estará a piorar ou se será apenas mais visível; dava como exemplo o primado da economia sobre a política, de acordo, mas num mundo global comandado por potências económicas será difícil fugir a esta tendência e, portanto, será o mundo que se tornará inviável, espero que não. Dou como contra-exemplos uma maior consciência ecológica, um maior sentido de solidariedade, basta ver a quantidade de movimentos desse cariz que aparecem todos os dias. Definitivamente estou optimista.

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