11.1.08

Requiem pela Baixa



Não gosto de me dar por vencida, de dar o braço a torcer, e abomino centros comerciais. Quando era pequena ouvia umas descrições de Montreal que me fascinavam: contavam-me que por lá nem era preciso por um pé na rua, tudo eram galerias cobertas. Aproximamo-nos disto e eu não gosto. Mas nem sempre preciso de comprar chapéus da chapelaria qualquer coisa, nem agulhas e lãs para tricotar cachecóis, e quase tudo o resto já desapareceu da Baixa. Ficaram os velhos, as tascas por onde não passou a ASAE, os parques de estacionamento degradados onde uma carrinha de ciganos atapeta o chão com os restos da comida do almoço (e não me chamem xenófoba). Mas não tinha que ser assim!

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