18.11.07

Fim de semana em Coimbra

Sexta-feira, Teatro Gil Vicente

Quarteirão de Coro” no Gil Vicente. O Gil Vicente esgotado, esta que vos escreve, estava à hora do Concerto à porta do Teatro com uma grande fé em que alguém havia de desistir de ir e assim conseguir um bilhete. E foi a fé que me salvou. O espectáculo que anunciei uns posts abaixo não podia ter sido melhor: os ilustres convidados dos Pequenos Cantores, com o Sérgio Godinho à cabeça partilharam com os miúdos do coro o melhor que cada um tem em si (memorável o Coro das Velhas com os miúdos, os músicos da Brigada Victor Jara e o Sérgio Godinho) e a noite foi de festa.
Conheço o Coro por dentro: o único profissional (no sentido comum do termo) é o maestro, tudo resto é feito da dedicação dos miúdos e de meia dúzia de pais carolas, da vontade em fazerem coisas bem feitas. E quando a carolice permite espectáculos destes...

Sábado, Pavilhão Multi-Usos

O Pavilhão “à pinha”, crianças, pais e professores. E mais um “maluquinho”, o Maestro Virgílio Caseiro, que contra ventos e marés teima em que um mundo com música é um mundo mais feliz. A orquestra tocou e a Helena Faria contou “O Pedro e o Lobo”.


Domingo de manhã, ParqueVerde

Uma manhã linda. À minha frente caminham duas mulheres vestidas de ir à missa ou ao passeio da catequese. Comentam os encantos e desencantos do Parque quando uma delas, sorrateira, deixa descair o braço naftalínico e livra-se de um papel (lenço) que traz na mão e que fica a manchar o relvado. Merecia ser esbofeteada, porcaria de país que nunca mais se civiliza.


Domingo à tarde, entrevista de Vasco Pulido Valente ao Expresso

Fico a saber que VPV é obsessivamente arrumado “Na sala não há um objecto a mais ou um livro fora do lugar”. Tem graça, imaginava exactamente o contrário.


Fico a saber que VPV vai publicar um livro sobre as Invasões Francesas e que a expressão “ir para o maneta” tem a sua origem na alcunha de um sanguinário e maneta general de Junot.

Fico a saber que se VPV tivesse vivido em Roma, não gostaria de ter sido César mas um dos seus senadores “bem no centro da política”. Também eu! É o que se chamaria, ter o melhor dos dois mundos.

Fico a saber da sua necessidade de solidão (menor à medida que envelhece, ora aqui está uma coisa em que não é muito original). “Quando vivia conjugalmente com alguém, se não conseguia estar um ano ou dois sozinho, começava a sentir falta, encorajava a outra pessoa a viajar...”. Oh Maravilha!

Começo a concordar com o Miguel Sousa Tavares quando este diz que VPV só conhece dois países, o Gambrinus e Oxford! Isto porque VPV afirma na entrevista”Estas coisas do ensino e da investigação não levam a nada”. Qualquer pessoa que tenha passado umas semanas numa genuína universidade não pode olhar para isto senão com tristeza”.

No comments: