Da Tolerância – o que verdadeiramente importa ler
O Islão, na sua forma mais genuína, é uma religião pacífica. Aliás, o termo tem raiz na palavra «assalam», que quer dizer precisamente paz. Esta é a minha experiência de oito anos na Etiópia, um país em que cristãos e muçulmanos vivem lado a lado, num ecumenismo de boa vizinhança.
Porém, recentemente a situação começou a mudar, com a chegada ao país de missionários islâmicos preparados nas madrassas da Arábia Saudita. Trouxeram consigo um Islão conflituoso e agressivo, imposto como contrapartida pelas ajudas sauditas e financiado pelos petrodólares. A Casa de Saud diz-se guardiã do Islão. O que defende é o seu poder e influência através do Wabbismo, uma versão distorcida e fundamentalista da religião. .
Como a Arábia Saudita repousa sobre os lençóis de petróleo que alimentam o nosso bem-estar, os governos ocidentais assobiam para o lado e confrontam o dito terrorismo islamista em países pobres e indefesos
O mundo contemporâneo está cada vez mais plural. No mesmo espaço geográfico convivem culturas, tradições, religiões diferentes. O futuro de paz passa pelo diálogo inter-religioso concertado, deixando de lado provocações, confrontos e revanchismos. E assumindo os erros históricos que cada grupo cometeu, sarados através do perdão mútuo. Ou será que as democracias ocidentais não podem viver sem um «inimigo de estimação»?
José Vieira “Além-Mar” de Março,
sublinhados meus
Porém, recentemente a situação começou a mudar, com a chegada ao país de missionários islâmicos preparados nas madrassas da Arábia Saudita. Trouxeram consigo um Islão conflituoso e agressivo, imposto como contrapartida pelas ajudas sauditas e financiado pelos petrodólares. A Casa de Saud diz-se guardiã do Islão. O que defende é o seu poder e influência através do Wabbismo, uma versão distorcida e fundamentalista da religião. .
Como a Arábia Saudita repousa sobre os lençóis de petróleo que alimentam o nosso bem-estar, os governos ocidentais assobiam para o lado e confrontam o dito terrorismo islamista em países pobres e indefesos
O mundo contemporâneo está cada vez mais plural. No mesmo espaço geográfico convivem culturas, tradições, religiões diferentes. O futuro de paz passa pelo diálogo inter-religioso concertado, deixando de lado provocações, confrontos e revanchismos. E assumindo os erros históricos que cada grupo cometeu, sarados através do perdão mútuo. Ou será que as democracias ocidentais não podem viver sem um «inimigo de estimação»?
José Vieira “Além-Mar” de Março,
sublinhados meus
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