3.2.11

Ainda a escolas com contrato de associação ou, e cada vez mais, cada caso é um caso

Do que leio hoje na comunicação social o Ministério da Educação terá encomendado à Universidade de Coimbra um estudo sobre as escolas com contrato de associação. As conclusões e recomendações foram agora tornadas públicas. No que a Coimbra respeita o estudo vai de acordo às minhas convicções e parecem-me sensatas as suas recomendações: em locais onde há oferta pública em qualidade e número começar a operar-se no sentido de ir eliminando o número de turmas e alunos em contrato de associação. Gradualmente, sem debelar as expectativas dos alunos e das famílias que beneficiam hoje desses contratos. Dando tempo a que a escola, dita pública, se vá adaptando a esse acréscimo de alunos. E criar condições é muito mais do que ter e disponibilizar espaços. Tudo mais ou menos certo desde que o Estado garanta até lá o mesmo financiamento às escolas estatais e ás privadas com contrato de associação – isto digo eu. Claro que este era um dos cenários possíveis, se calhar não o ideal, mas se calhar o mais ajustado à sociedade portuguesa e aos seus constrangimentos financeiros. Espero que a escola do estado, e o estado, aprendam também alguma coisa com as escolas privadas de sucesso, e têm muito a aprender. È redutor e mesquinho dizer que os pais escolhem a escola privadas por razões de elite, ou porque não querem saber dos filhos e ali garantem que tomam conta deles por mais horas. Quanto a elites, e no caso que conheço, Coimbra, elas não frequentam menos o público que o privado. Poderia dar uma série de exemplos do que afirmo em relação às escolas públicas “bem” do centro da cidade.
Eu por mim continuarei a manter, enquanto puder, e com bastante sacrifício, o meu filho mais novo na escola privada que agora frequenta, porque é muito melhor para a família mas, sobretudo, muito melhor para ele. Escolho e pago por isso, pena que nem todos possam escolher. Não sei se é assim que caminharemos para uma sociedade mais justa.

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