21.2.11

das leituras




Rómulo de Carvalho faz agora companhia a Bloom na mesa-de-cabeceira, por culpa do primeiro atraso a viagem do segundo. “Memórias” do Rómulo de Carvalho, que a Fundação Calouste Gulbenkian recentemente editou, é uma obra magnífica a todos os níveis. As memórias de um homem ímpar, que na incrível modéstia do autor, só se distinguiu por viver no meio de medíocres, e as memórias de todo o sec XX em que um Portugal acabrunhado não conseguiu ultrapassar, precisamente, a mediocridade. Apesar de homens como Rómulo de Carvalho. O livro, dedicado aos seus hipotéticos tetranetos, é escrito num doce tom coloquial, mesmo quando trespassado de amargura. Absolutamente a ler.

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