18.1.11

da verdade e da mentira, o Barba Azul



Tais documentos confirmaram-me a ideia de que Barba Azul foi bom e desafortunado, e que a sua memória sucumbiu sob indignas calúnias. Desde então, considero ser um dever escrever a sua história, sem acalentar quaisquer ilusões acerca dos êxitos de uma tal empresa. Esta tentativa de reabilitação está destinada, sei-o, a cair no silêncio e no esquecimento. Que pode a verdade nua e crua contra os prestígios resplandecentes da mentira.

Anatole France, “As sete mulheres de Barba Azul”

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