Svieta: a delicadeza da Rússia
sarah moon
poucas pessoas conheci tão delicadas como estes meus amigos russos, vinham de uma cidade não muito longe de Moscovo e passaram uns poucos anos aqui em Coimbra. Basta dizer que não houve vez que eu convidasse Gena, o marido, para jantar que ele não me trouxesse flores, gesto por cá muito raro. Svieta, a mulher, tinha a beleza eslava e a elegância de um povo culto, uma refeição em casa dela era antes de mais uma coisa linda e requintada. Um dia fomos em excursão e em família passar o dia à Figueira, à praia. Eu devo ter metido no saco de praia, à pressa, umas peças de fruta e uma garrafa de água. Muito envergonhada fiquei quando a meio da manha Svieta começou a distribuir guardanapos e de uma mala térmica retirou uns preciosos canapés e nos serviu uma pequena refeição digna de um 5 estrelas.
Daqui foram para o Japão, onde se devem ter sentido muito bem no que toca a modos e maneiras.
poucas pessoas conheci tão delicadas como estes meus amigos russos, vinham de uma cidade não muito longe de Moscovo e passaram uns poucos anos aqui em Coimbra. Basta dizer que não houve vez que eu convidasse Gena, o marido, para jantar que ele não me trouxesse flores, gesto por cá muito raro. Svieta, a mulher, tinha a beleza eslava e a elegância de um povo culto, uma refeição em casa dela era antes de mais uma coisa linda e requintada. Um dia fomos em excursão e em família passar o dia à Figueira, à praia. Eu devo ter metido no saco de praia, à pressa, umas peças de fruta e uma garrafa de água. Muito envergonhada fiquei quando a meio da manha Svieta começou a distribuir guardanapos e de uma mala térmica retirou uns preciosos canapés e nos serviu uma pequena refeição digna de um 5 estrelas.
Daqui foram para o Japão, onde se devem ter sentido muito bem no que toca a modos e maneiras.
1 comment:
"não me trouxesse flores, gesto por cá muito raro".
Ai é? Os homens de Coimbra não costumam oferecer flores?
(eu sou ecologista prefiro vasos a cortarem flores por minha causa, mas não é esta a discussão)
Por acaso, um homem de Coimbra, uma vez, cortou uma flor e ofereceu-ma. E disse talvez para diminuir o gesto: "aceita ou se quiseres deita fora". Eu, imediatamente... deitei fora. Pride, of course.
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