26.11.10

Gonçalo M. Tavares


Não li ainda nenhum livro do Gonçalo M. Tavares, mas dou de barato que vou gostar do que hei-de ler. Tudo o que tenho lido sobre a obra e a pessoa o prenuncia. De vez em quando leio as crónicas dele na Visão, pequeníssimas estórias. A desta semana era brilhante, o medo irracional do desconhecido, um homem que por nunca ter visto neve fica aterrorizado no primeiro contacto com aquela coisa branca e fria, e escorregadia, não consegue tirar mais do que um pé do carro e finalmente, vencido pelo medo, arranca com o carro a grande velocidade. O final é óbvio, poucos metros andados o carro derrapa e o homem vai enterrar-se (na neve) no fundo de uma ravina. O que eu gosto destas estórias e de quantas vidinhas são alegoria.

5 comments:

henedina said...

Pois eu li livros demais. Já vim no mesmo comboio com ele de Lisboa e nesse dia ouvi-o falar nas correntes na Póvoa.
Gostei do primeiro livro,muito, menos do segundo e por aí.
Agora acho-o demasiado profícuo.
É, sem dúvida, um homem imaginativo, esperemos que não se tome muito a sério.

margarete said...

já assisti a dois momentos com ele: nos livros ardem mal (TAGV) e há umas semanas na comunidade de leitores na Almedina Estádio

é um autor muito próximo dos seus leitores, mostra entusiasmo e fascínio nas conversas, deixa as horas passarem, não tem pressa, acima de tudo, não se apresenta enfadado

acho que vai gostar, Isabel ;)

Isabel said...

também penso que sim Margarete, tantos livros, tão pouco tempo;)

henedina said...

"Aprender a rezar na era da técnica", ganhou agora um prémio em França. A conversar é como diz a Margarete, fascinante. Mas está a falar dele.
Que homem inteligente, imaginativo e culto não é fascinante quando fala do que lhe interessa. Gosto, sobretudo, do imprevisto da ideia na conversa de GMT (julgo que nada imprevisto. Prepara-se).

henedina said...

Se gosta da Ler (eu gosto), é capa.