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Rititi, completamente de acordo. È por essas e por outras que os meus pobres filhos, são uns amputados culturais. Os dois mais velhos nados no século XX paparam todos os concertos de música clássica a que eu quis ir, e a Maria João e o Mário Laginha e tudo o que era de borla que o dinheiro antes, como agora, não crescia nas árvores, nunca coisinhas pedagógicas. O mais novo, pois o mais novo é do século XXI e libertou-se cedo do jugo paternal, desisti há muito de o levar comigo, porque estamos nós na estratosfera a ouvir música sacra numa igreja barroca e quando damos conta as filas da frente mexem-se e remexem-se e deitam-nos olhares indignados, a criança não aguenta mais do que cinco minutos do concerto e entretém-se a descobrir as redondezas passando por baixo dos bancos, chega (chegava que agora já não o levamos) do último ao primeiro banco em menos de um fósforo. Então fica em casa, vão de retro teatros modernóides, sou uma mãe das antigas.

Outro dia falarei de outros assuntos de meninos e papás pos-pos-modernos e que me bolem com os nervos. Por exemplo do vocabulário: as crianças vão à escolinha, têm amiguinhos com quem partilham sabe-se lá o quê, partilham!!! as crianças do século XXI super-hiper autocentradas e autocentralizadoras partilham :):) no meu tempo se tinha um saco de rebuçados podia dar alguns (a contragosto) às minhas amigas, os meninos do século XXI partilham, que lindos são os meninos do século XXI.