12.6.09

drogas, sexo e adolescentes



a minha filha, que fez ontem 15 anos, saiu-se com esta anteontem ao jantar: a mãe (eu, presente) disse (quando? meu Deus, quando?) que experimentou haxixe e que não gostou. Eu disse? – por menos que isso caíram políticos e eu revelei uma alarvidade destas aos meus filhos? mãe irresponsável. – sim, disseste, lembro-me bem.
Pronto, se disse, disse. E é verdade, sim fumei haxixe em festas, nos tempos da universidade (muito importante esta referência à idade), como toda a gente fazia, e não gostava, por isso não o repeti muitas vezes. Não gostava do sabor, não gostava daquela coisa que me queimava a boca, e nunca senti nada parecido com a elevação ao sétimo céu. E a conversa continuou em ameno diálogo e com a autoridade que aquela revelação me conferiu, nunca experimentei speeds, nem ácidos, nem mais coisíssima nenhuma ilegal, porque nunca quis e por temer os efeitos imediatos e a médio prazo.
É isto que eu penso da educação dos adolescentes para os temas fracturantes, dar-lhes espaço para que eles possam por as suas dúvidas; e responder-lhes com sinceridade. E não, não sou uma mãe permissiva: arrepiam-me as horas a que os adolescentes andam á noite, vocifero contra os bares que permitem a entrada de menores de dezasseis anos. Mais depressa serei a mãe chata.


p.s. something completely different: os muitos pais, gente com estudos e com posses, senhores doutores de Coimbra, que transportam os filhos para o jardim infantil à solta, no banco de trás, são uns verdadeiros imbecis e deviam ir presos.

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