3.4.09

Do tempo



Ouvi há um bocadito na rádio, num curto trajecto automóvel, esta história deliciosa:

tendo atravessado a pé a fronteira da Guiné-Conacri para a Guiné-Bissau, um nagalho atado entre duas árvores, interrogava-se o forasteiro de como chegar à capital. Dirigiu-se a um ancião que, apontando para o relógio de pulso inexistente, o informou – à uma e meia tem autocarro. Feliz o forasteiro sentou-se à espera, mas passou a uma e meia, as duas e meia e as três e meia, o autocarro sem aparecer. Dirigiu-se de novo ao ancião que por ali continuava – camarada, o autocarro não veio. Ao que o velhote, suprema sabedoria, retorquiu indicando o inexistente relógio – patrão, se não veio hoje vem amanhã.

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