24.9.08

Tudo o que não é nacional é bom


A excitação que paira por aí em relação a esta abertura é mais uma demonstração da nacional saloiice do que o que não é nacional, tudo o que vem dos países ditos civilizados, é necessariamente, forçosamente, bom. Ainda me lembro dessa, que se viria a configurar numa tragédia, abertura do primeiro McDonalds em Portugal, e de ter uma data de colegas (que tinham vivido na estranja, logo muito mais cosmopolitas do que esta pacóvia que aqui escreve) excitadíssimos com a ideia. Agora negariam sete vezes esse regozijo, mas na altura...

Outro exemplo, na caixa de comentários de um blog ali ao lado, em que se escreve a propósito da alimentação nas escolas portuguesas, não falta quem apele a um Jamie Olivier nacional, que venha ensinar os responsáveis a darem comidinha saudável às crianças. Possivelmente comentadores(as) que depois de descarregarem a boa consciência no blog, correm a dar almoço às crias no fast-food mais próximo ou a comprar a sopita knorr no supermercado. Mas isso não interessa, o que é para aqui chamado, é que essas senhoras e esses senhores parecem ignorar, ignoram certamente, que nas escolas inglesas, antes e depois da era Jamie Olivier se comia e come muito, mas muito mal. Aliás para não me deixar mentir uma das comentadoras refere a propósito de escolas no UK onde trabalhou “as crianças (até mesmo os bebes) comiam era peixe frito com batata e ervilhas, batata assada com atum e mayonese ou feijões com tomates (?) (baked beans) e queijo e se tinham fruta para sobremesa não tinham sopa para entrada, por vezes eram só sandes (!) para o almoço” . Enquanto que em Portugal, para já, continua a haver, sopa, um prato e fruta.

Valha-nos o Eça

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