26.9.08

Elogio do silêncio


Ando a reler o “Nome da Rosa” e verifico que já no sec XIV, mesmo quem, pela regra, a ele era obrigado, o praticava pouco, e com evidentes prejuízos. Refiro-me ao silêncio, esse bem precioso. E hoje, século XXI ao silêncio como contraponto ao ruído insuportável da comunicação social (o mais drástico dos exemplos), ruído estéril de fogos-fátuos; por isso não vejo telejornais nem debates e, sinceramente, ganho em paz distanciamento e alguma lucidez. Já aqui contei como o ultimo mês de Agosto, o passei retirada no meio das serranias e dos rebanhos. Uma amiga que me visitou resumiu assim, sítios bonitos há muitos, mas com esta tranquilidade e silêncio... sempre o almejado silêncio. Por isso me passaram ao lado os turbilhões dos sequestros e dos assaltos de um país que da noite para o dia passou dos brandos costumes a um antro de violência. E que perdi por não o saber? Nada. Este blog recusa-se a discutir e a veicular esse tipo de actualidades, tem coisas mais importantes para fazer, mesmo que as não faça.

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