11.7.08

Miguel Portas


Conheci o Miguel Portas, há quatro anos, numa sessão do BE com investigadores da UC. Estava uma tarde muito quente, a sala não tinha ar condicionado e eu estava no fim da gravidez, quando já não se tem posição e o corpo já não nos pertence. Tudo circunstâncias negativas para ouvir fosse quem fosse. No entanto saí de lá rendida, pela inteligência, pela cordialidade e pela elegância do Miguel Portas. Lembro-me particularmente de que, quando da parte da assistência saiu aquele muro de lamentações típico da comunidade universitária, o MP responder qualquer coisa como, “nós (BE) temos que ser a voz dos que a não têm, agora vocês... vão há luta”.

esta semana o Miguel Portas é entrevistado na Visão. Da entrevista já falou o Rui Bebiano. Eu destaco pela aparente utopia:

Visão: Ainda é comunista?
MP: Sou, no sentido em que continuo a pensar que é possível ao Homem construir uma sociedade de abundância, em que o Estado seja dispensável e em que a sociedade seja capaz de se organizar e de se auto-administrar de forma igualitária, para que cada um possa seguir os seus caminhos sem atropelar o próximo.

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