13.5.08

do eduquês


em cada português um pedagogo. O que a maioria dos “pedagogos” não sabe, e sabe quem por lá anda ou andou, é que raramente um aluno do ensino básico tira alguma vantagem de ficar retido; a não ser que a retenção derive de qualquer acontecimento que tenha sido ultrapassado, como ter estado doente, o divórcio dos pais, etc. Mantendo-se tudo na mesma, o aluno vai continuar ma mesma. Não vai aprender mais, não vai querer aprender mais. Vai passar o ano a clamar que a profe do ano passado é que era fixe, que aquilo não tem interesse porque já aprendeu no ano anterior, que a profe do ano passado ensinou de outra maneira (e obviamente da maneira correcta). Por tudo isso e porque também é, geralmente, um miúdo mais velho que os colegas, e na adolescência um ano faz diferença, vai ser sempre um factor de instabilidade na turma. Continuando tudo na mesma o aluno retido irá acabar por passar de ano, por cansaço, por diminuição das expectativas, porque não poderá ser indefinidamente retido. Como a exclusão da escolaridade não é solução para ninguém há que encarar outros projectos e outros apoios para esses adolescentes “difíceis”. Sem facilitismos.

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