17.4.08

Casamentos

um post do tipo as coisas que eu faço são lindas, são lindas, com a música do Danúbio Azul




A propósito da nova lei do divórcio fala-se de casamentos, de como foram, do que duram.


O meu casamento, o acto de me casar, foi bem engraçado e enquanto eu me lembrar de como foi giro esse dia acho que não me divorcio. Se fosse hoje casava-me de forma diferente porque gosto de festas, de grandes festas, e se o meu ex-futuro marido estivesse de acordo casaria na igreja, porque o nosso casamento é sagrado.

Mas na altura, vai para dezassete anos, não quisemos assim. Aliás nem nos queríamos casar e não fora a minha mãe ter chorado quinze dias seguidos, sabe Deus porquê, não teríamos casado mesmo, ok, isto não vale tantas lágrimas, vamos lá ao registo civil tratar dos papéis. A ajudante reparou que o bilhete de identidade do ex-futuro-noivo caducava dali a pouco tempo e, pragmática, aconselhou-nos a marcar a data antes que isso acontecesse, questão de papéis. Segunda não dá jeito, pode ser terça às onze da manhã, está muito bem.

Não ia de noiva mas a minha mãe convenceu-me a comprar um saia-casaco elegante, escolhi um preto fatal, disseram-me que preto era mau agoiro, troquei-o por um vermelho menos fatal, estávamos bonitos, olho para as fotografias, como éramos novos e bonitos.

Apanhámos o autocarro e encontrámo-nos com as testemunhas à porta do registo. A senhora conservadora, ah, não têm alianças, bom, não é comum mas não é obrigatório, avancemos...

No final tínhamos à espera alguns dos meus irmãos e como o dinheiro não sobrava fomos almoçar a um dos chineses que haveria de ser fechado pela ASAE, e que nessa altura ainda servia porque ainda não tinham inventado a ASAE. A tarde passamo-la a comemorar como comemorávamos tudo naquela época, num tasco da Alta a beber cerveja atrás de cerveja

Se fosse agora faria uma grande festa mas, foi giro e dura...

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