Do direito à vida
Ontem apanhei a parte final de um fórum na RTPN sobre o referendo de Fevereiro. Já só ouvi as últimas palavras do último ouvinte, nada de assinalar, a apresentadora (jornalista?) estava a ficar nervosa, vai ter que terminar estamos em cima da hora. E em cima da hora ainda teve tempo, antes não tivesse, para “pois em Portugal não há suficientes e boas instituições para internar as criancinhas que as mães não querem fazer nascer, mas se houvesse toda esta discussão ainda faria sentido?”*. Perante esta enormidade, a la Ceausescu, a senhora do Sim de que não retive o nome, tibuteou qualquer coisa sem interesse e a senhora do Não, que também não sei quem era, rematou da melhor forma “tantos casais inférteis… se houvesse possibilidade de um acordo pré-nascimento entre uma mãe infértil e essa mãe que não quer ter o filho”*. Direito à vida ou direito a uma coisa que se armazena, que se cede, sobre a qual se estabelecem acordos à margem dos seus interesses???
Com gente assim o Supremo Interesse da Criança está assegurado.
* as palavras não foram estas mas reproduzem fielmente o sentido
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