Da Literatura
“Se gostas de poesia, é bom que gostes de poesia de primeira ordem: Milton, Shakespeare; Thomson, Goldsmith, Pope (se quiseres, pois eu não o admiro nada), Scott, Byron, Campbell, Wordsworth e Southey. Não te assustes com os nomes de Shakespeare e de Byron. Ambos foram grandes homens e as suas obras parecem-se com eles. Saberás como escolher o bom e evitar o mau, as mais belas páginas são sempre as mais puras, as más são invariavelmente revoltantes, nunca te apetecerá tornares a lê-las. Omite, as comédias de Shakespeare e o Dom Juan, talvez o Cain, de Byron, embora o último seja um poema admirável, e lê o resto sem receio algum. Não poderá deixar de ser um espírito depravado aquele que encontre malícia no Henry VIII, no Richard III, no Macbeth, no Hamlet e no Julius Cesar. A poesia suave, bárbara, romântica de Scott não te pode fazer mal nenhum. Como o não farão nem Wordsworth, nem Campbell, nem Southey – a maior parte do que ele escreveu, pelo menos. Algumas das suas obras são, realmente, discutíveis. Em matéria de história lê Hume, Rollin e a História Universal, se puderes, eu nunca foi capaz. Quanto a ficção, lê o Scott apenas, todos os romances escritos depois dele não valem nada.”
De uma carta da adolescente Charlotte Brontë a uma amiga que lhe pediu uma lista de livros.
De uma carta da adolescente Charlotte Brontë a uma amiga que lhe pediu uma lista de livros.
In As Irmãs Brontës, Margaret Lane.
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